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A RI MARAJÓ é composta por 17 municípios (Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Oeiras do Pará, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure) e apresenta população total de 593.822 mil habitantes (IBGE, 2023a). Esta RI possui extensão territorial de 106.661 mil km² e trama urbana que ocupa 7,5% do território, enquanto a área urbana, definida de acordo com a categorização oficial do IBGE, ocupa cerca de 0,1% (IBGE, 2021). Nesta região, encontra-se a junção das águas de duas grandes bacias hidrográficas: a do rio Amazonas e Tocantins-Araguaia, que desaguam no oceano Atlântico e formam uma região repleta de pequenas ilhas, um arquipélago, que se configura como um território de paisagem particular e
composição étnica complexa, resultante de um processo de ocupação que se transformou conforme a influência de diferentes culturas ao longo do tempo. É uma das regiões constantemente destacadas pela descoberta de artefatos históricos que indicam a presença humana na região muito antes da invasão europeia, com sociedades complexas e organizadas (GONÇALVES et al., 2016). Apesar de sua complexidade histórico-geográfica e resistência indígena, o “labirinto de rios”, também foi afetado pelo processo de dominação colonial, marcado pela deslegitimação cultural, ilusão de domínio sobre a natureza, expropriação de terra, subjugação e violência (DIAS, 2016). Além das atividades econômicas que regiam os padrões gerais de uso da terra em toda a Amazônia, no final do século XIX, o rebanho bubalino foi introduzido na Ilha de Marajó. A bubalinocultura, de característica extensiva, apresentou forte expansão a partir da década de 1970, e, atualmente, representa uma das principais economias de alguns municípios da região: como Soure, Ponta de Pedras e Cachoeira do Arari (COSTA et al., 2012). A extração de madeira, a pesca e o manejo de açaí, mandioca e palmito também são fortes economias do Marajó (COSTA et al., 2012; GONÇALVES et al., 2016). O cultivo de arroz destaca a região como a maior produtora do estado (FAPESPA, 2023) e, simultaneamente, como área sensível a conflitos agrários e impactos na saúde e meio ambiente resultantes do uso abusivo de agrotóxicos (NAZARÉ et al., 2022). Estabelecidas em áreas de várzea e/ou campos alagados, a RI Marajó é formada prioritariamente por pequenas cidades, com menos de 21 mil habitantes, e características singulares que respondem por espacialidades urbanas intimamente conectadas à paisagem (COSTA et al., 2023). Ademais, é a região com a menor área desmatada do estado, possuindo atualmente menos de 6% do seu território desmatado, com destaque para o município de Santa Cruz do Arari que, predominantemente ocupado pela classe “não-floresta”, tem 0% de sua área desmatada (INPE, 2023a). Devido ao predomínio de fitofisionomias do tipo “não-floresta” nesta região, além da análise do desmatamento em vegetação florestal primária, o acúmulo de desmatamento em áreas de vegetação natural não florestada também foi analisado e apresentou, em 2022, menos de 0,2% da área total da RI de supressão em não-floresta (INPE, 2023b).
A TRAMA URBANA
GRADIENTE URBANO
% DE FLORESTA E RIOS
GRADIENTE URBANO
1/2
GRÁFICOS E ESTATÍSTICAS
DIMENSÃO
SOCIESPACIAL
DIMENSÃO DA NATUREZA
DIMENSÃO
SIMBÓLICO
CULTURAL
DIMENSÃO
SOCIO-ECONÔMICA
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